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Ananindeua adota tecnologia inovadora no combate ao mosquito Aedes aegypti
Município implanta Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL) em áreas estratégicas para fortalecer o enfrentamento ao Aedes aegypti
Por Amanda Duarte (PREFEITURA)
A Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) e da Vigilância Ambiental, iniciou a implantação das Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL), uma tecnologia moderna, simples e eficaz no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
As primeiras unidades estão sendo instaladas em áreas estratégicas do município, com o objetivo de ampliar o alcance das ações preventivas e reduzir o número de criadouros do vetor.
Combate ao mosquito Aedes aegypti.O que é a EDL e como funciona
A Estação Disseminadora de Larvicida é uma armadilha de fácil manejo e segura, desenvolvida para atrair a fêmea do mosquito Aedes aegypti. No interior da estação, o inseto entra em contato com o Piriproxifen, um larvicida em pó de baixa toxicidade para humanos e animais domésticos.
Ao sair da armadilha, o mosquito contaminado transporta o produto em seu corpo para outros locais onde costuma depositar ovos, inclusive aqueles de difícil acesso, como pequenos recipientes ou frestas onde a equipe humana não consegue intervir. Assim, o próprio mosquito se torna um “aliado” no controle da infestação, disseminando o larvicida e interrompendo o ciclo de reprodução.
Coordenador de vigilância em saúde ambental/endemias. Artemis Pinheiro.De acordo com o coordenador da Vigilância Ambiental de Ananindeua, Artemis Pinheiro, a tecnologia é um grande avanço para o município.
''Com as EDLs, conseguimos alcançar criadouros que antes eram invisíveis para o trabalho humano. O mais interessante é que o próprio mosquito faz parte do processo de controle, levando o produto para outros pontos e reduzindo a infestação de maneira mais inteligente e sustentável”, explica.
Como é feita a instalação
As EDLs são posicionadas em residências consideradas estratégicas pela equipe técnica da Vigilância Ambiental. Antes da instalação, os agentes de saúde visitam os imóveis para apresentar o projeto aos moradores e solicitar autorização.
''Durante a visita, nossa equipe avalia o melhor ponto para colocar a estação, geralmente em locais protegidos da chuva e do sol, como varandas ou quintais cobertos. A instalação é rápida e totalmente segura”, reforça Artemis.
Após a colocação da armadilha, o morador tem apenas a responsabilidade de verificar o nível de água e, se necessário, reabastecer a estação. Já a manutenção mensal e a reposição do larvicida são de responsabilidade exclusiva dos agentes de endemias.
Cintia Estevam, moradora.População aprova a iniciativa
A moradora Cintia Estevam, que recebeu uma das estações em casa, elogiou a iniciativa da Prefeitura. ''É bom saber que a cidade está investindo em novas soluções. A gente participa com orgulho, porque é a nossa saúde que está em jogo'', contou.
Parceria que salva vidas
A SESAU reforça que a colaboração dos moradores é essencial para o sucesso da ação. A aceitação das equipes e o cuidado com o quintal continuam sendo atitudes fundamentais para manter o mosquito afastado.
A campanha segue avançando por diversos bairros da cidade, com a meta de ampliar a cobertura das EDLs e garantir mais saúde e segurança para toda a população.