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Cine Maria da Penha amplia voz das mulheres contra a violência em Ananindeua

O evento reuniu a comunidade local, lideranças e mulheres que enfrentaram situações de violência para refletir sobre desafios e avanços da Lei Maria da Penha

21/08/2025 17h13
Por Jamille Sousa (ASCOM)

O Cine Maria da Penha movimentou Ananindeua com uma programação voltada ao debate sobre a violência de gênero. A iniciativa reuniu mulheres, representantes de movimentos sociais e comunidade em uma tarde de reflexão, marcada pela exibição de curtas-metragens que retrataram diferentes formas de violência contra a mulher.

A cada filme exibido, o público teve espaço para dialogar sobre as situações apresentadas e trocar experiências. O objetivo foi aproximar o conhecimento produzido por universidades e pesquisas da realidade vivida por quem convive diariamente com a violência, criando um espaço de escuta e fortalecimento.

Cléa Gomes, presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Ananindeua.Para Cléa Gomes, presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Ananindeua, a ação amplia a conscientização e reforça a luta pela não violência. 

“Enquanto estamos aqui conversando, em apenas três minutos, doze mulheres sofrem algum tipo de violência. Esse Cine é importante porque traz a comunidade a troca de saberes sobre o assunto. A Lei Maria da Penha está sempre em atualização, pois as formas de violência também se diversificam. Hoje, falamos até de violência vicária, quando a agressão atinge aquilo que a mulher mais ama, como os filhos ou até um animal de estimação”, explicou.

Ela destacou ainda que Ananindeua é o único município do Pará que possui uma rede completa de atendimento à mulher em situação de violência, com a Casa da Mulher, Defensoria, Ministério Público, atendimento psicossocial e parcerias com clínicas e escolas.

Pedagoga Sara Freitas.Entre o público, muitas mulheres se sentiram acolhidas pela proposta. A pedagoga Sara Freitas, de 34 anos, contou que já foi vítima de violência e que encontros como esse foram fundamentais para sua reconstrução pessoal e poder entender tudo que ocorreu a sua volta.

“Esses debates me resgataram como mulher. O Cine Maria da Penha é um espaço onde adquirimos conhecimento e também nos fortalecemos. Hoje, ver nosso município com uma Secretaria da Mulher e uma Casa da Mulher Brasileira é sinal de que estamos avançando”, disse.

Adriana Arruda, manipuladora de alimentos.Adriana Arruda, de 39 anos, moradora do bairro do Curuçambá, diz que o encontro reforça a importância da união feminina. “Muitas mulheres ainda sofrem caladas, com medo ou por preconceito da sociedade. Esse tipo de evento mostra que não estamos sozinhas e que sempre é possível buscar ajuda”, afirmou.