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2ª edição da Ecotrilha Ambiental de Ananindeua conecta história, natureza e comunidade no Quilombo do Abacatal

Evento valorizou a cultura quilombola, o turismo sustentável e aproximou visitantes da história local

04/08/2025 11h35
Por Ana Paula Serrão (PREFEITURA)

A manhã do último domingo (3) foi marcada por história, cultura e contato com a natureza durante a 2ª edição da Ecotrilha Ambiental de Ananindeua, realizada na Comunidade Quilombo do Abacatal. O evento, promovido pela Prefeitura de Ananindeua, por meio das Secretarias de Turismo (Seltur) e de Meio Ambiente (Semma), reuniu moradores e visitantes em uma experiência de 3 km de caminhada por trajetos que guardam a memória e as tradições quilombolas.

A jornada começou com a saída dos micro-ônibus da Rua Dois de Junho, na BR-316, levando os participantes até o ponto de encontro da comunidade. Ao chegarem, foram recepcionados com a Feira do Agricultor, onde os moradores expuseram produtos da agricultura familiar e ofereceram um café da manhã reforçado, preparado com carinho, que deu energia para os aventureiros iniciarem a trilha.

Solange e Turi, moradoras da comunidade.Divididos em três grupos, os visitantes percorreram os caminhos históricos do Abacatal, acompanhados pelas guias Solange e Turi, moradoras da própria comunidade. Orgulhosas de suas raízes, elas compartilharam com os visitantes, histórias e curiosidades sobre a vida quilombola.

“A cada trilha que fazemos, mostramos que nossa história continua viva. É um orgulho poder contar para tanta gente como nossos antepassados viveram aqui”, disse Turi, enquanto conduzia um dos grupos.

Diretor de Turismo de Ananindeua, Adrielson Furtado (camisa azul).O diretor de Turismo de Ananindeua, Adrielson Furtado, acompanhou o percurso ao lado das guias e destacou a importância do evento para o turismo sustentável no município:

“A Ecotrilha Ambiental valoriza nossa cultura, movimenta a economia local e aproxima as pessoas da história de Ananindeua. É uma experiência que transforma quem participa”, afirmou.

A comunidade quilombola do Abacatal teve origem em 1947, às margens do rio Guamá e do igarapé Uriboquinha, quando todas as famílias viviam como ribeirinhas, conectadas ao ciclo das águas e à natureza. Hoje, cerca de dez famílias ainda mantêm esse modo de vida tradicional, transmitindo às novas gerações o orgulho de suas raízes.

Durante o percurso, cada passo foi também uma viagem no tempo. Os participantes ouviram histórias sobre as transformações da comunidade, desde as mudanças que levaram parte dos moradores a se estabelecerem em “terra firme”, nas décadas de 1980 e 1990, até os esforços atuais para manter viva a identidade quilombola e valorizar o patrimônio ambiental.

Shirley Calabria, guia de turismo e moradora de Belém.Entre os visitantes estava dona Shirley Calabria, guia de turismo e moradora de Belém, que ficou encantada com a experiência.

"Sou de Belém e atuo como guia de turismo desde 2021. Faço parte de um grupo de guias que tinha um grande desejo de conhecer a comunidade. Nossa curiosidade era enorme, porque queríamos ver de perto tudo isso para, no futuro, trazer mais visitantes para conhecer o espaço. Além disso, viemos também para aprender sobre sustentabilidade, porque tudo aqui envolve cultura e natureza, que precisam ser muito bem preservadas. Essa experiência nos inspira e fortalece nosso trabalho como guias de turismo."

Estiveram presentes na trilha os secretários Fábio Moura, de meio Ambiente, Pedro Salgado, do Lazer e Turismo, e a secretária adjunta de Turismo, Nanaia Barra.

Mais do que uma atividade esportiva ou turística, a 2ª edição da Ecotrilha Ambiental de Ananindeua se tornou um encontro de culturas e memórias, aproximando os visitantes do modo de vida local e fortalecendo o sentimento de pertencimento dos moradores.

Para a Prefeitura de Ananindeua, a iniciativa reforça o compromisso com a valorização cultural, o turismo sustentável e a preservação ambiental, promovendo o desenvolvimento comunitário e o respeito à história da cidade.