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CRAS promove ação alusiva ao Dia da Consciência Negra com foco na valorização da cultura e na reflexão social
Celebrando a diversidade e promovendo igualdade
Por Rosane Linhares (PREFEITURA)
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Daniel Reis organiza ação especial e celebra o "Dia da Consciência Negra".O "Dia da Consciência Negra", celebrado em 20 de novembro, foi instituído pela Lei Federal nº 10.639 como uma data para reflexão sobre o racismo e suas implicações na sociedade contemporânea. Em Ananindeua, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (SEMCAT), intensificou ações voltadas ao combate ao racismo, com o objetivo de promover mudanças significativas na redução da desigualdade e da violência contra a população negra, composta por pessoas pretas e pardas, conforme a classificação do IBGE.
Nesse contexto, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Daniel Reis organizou uma ação especial, marcada por momentos de reflexão, aprendizado e valorização da cultura afro-brasileira. O evento reuniu usuários e colaboradores em um ambiente acolhedor, promovendo trocas de experiências e vivências.
Coordenadora do CRAS, Maria Carmelita.A coordenadora do CRAS, Maria Carmelita, enfatizou a relevância da iniciativa. “Nosso intuito é romper com o racismo institucional, compreendendo a necessidade de ampliar e fortalecer os direitos da população negra. Hoje, estamos reconhecendo e valorizando a história, as lutas e as contribuições do povo negro para a construção da nossa sociedade. Precisamos falar sobre racismo, igualdade e a riqueza da nossa diversidade cultural”.
A programação incluiu rodas de conversa sobre a história do movimento negro no Brasil e apresentações culturais, como danças e cantos tradicionais, que emocionaram os presentes.
Áurea Dias, participante no CRAS.Entre os participantes, Dona Áurea Dias, de 63 anos, compartilhou sua emoção. “Quando eu era jovem, não havia espaço para falarmos sobre nossa cor, nossa cultura. Nós éramos humilhados. O mundo mudou, mas ainda existe muito preconceito. Ainda tem pessoas que nos tratam mal pela cor da nossa pele. Mesmo assim, ver que agora temos um feriado dedicado a nós é libertador. Aqui no CRAS, não há distinção de raça ou cor, somos como uma família. Conversamos, brincamos e somos tratados como iguais”.
Cleide Nascimento: "O CRAS nos acolhe".Outro depoimento foi de Dona Cleide Nascimento, de 62 anos. “Aqui no CRAS não importa se você é preto, branco, pardo ou amarelo, somos todos iguais, independentemente do tom da nossa pele. A equipe técnica nos valoriza e nos acolhe. Falar sobre consciência negra é essencial, porque, mesmo hoje, o preconceito ainda existe. Na minha família, já vi casos de discriminação. Isso precisa acabar”.
A ação reafirma um dos compromissos da SEMCAT com a promoção da equidade, do respeito e da valorização da diversidade. De acordo com a secretaria, iniciativas como essa são fundamentais para fortalecer os laços comunitários e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.