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“Rolezinho contra o Trabalho Infantil” leva orientações às ruas de Ananindeua
Por Rosane Linhares (PREFEITURA)
Crianças, adolescentes, educadores, servidores públicos e representantes da sociedade civil participaram do “Rolezinho contra o Trabalho Infantil”.Com passos firmes, vozes jovens e cartazes coloridos, a cidade de Ananindeua disse um sonoro “não” ao trabalho infantil na tarde desta quinta-feira (12). Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, crianças, adolescentes, educadores, servidores públicos e representantes da sociedade civil participaram do “Rolezinho contra o Trabalho Infantil”, uma caminhada de mobilização social que partiu do Parque do Seringal e seguiu até o Ginásio Almir Gabriel (Abacatão), na Cidade Nova.
Durante o percurso, foram distribuídos folhetos informativos e realizadas abordagens educativas com orientações à população sobre os prejuízos do trabalho precoce. A ação teve como objetivo conscientizar a sociedade sobre os impactos físicos, psicológicos e sociais que o trabalho infantil provoca em meninas e meninos, além de reforçar os canais de denúncia disponíveis.
Mais de 1,9 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam em situação de trabalho infantil no Brasil em 2022. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE), mais de 1,9 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam em situação de trabalho infantil no Brasil em 2022. O estado do Pará ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, com cerca de 190 mil nessa condição, de acordo com estimativas da Fundação Abrinq.
Grande parte dessas crianças está envolvida em atividades informais e perigosas, como trabalho nas feiras, nas ruas ou em serviços domésticos, muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade e distantes dos seus direitos básicos, como educação, saúde, lazer e proteção.
Madson Pinheiro, de 11 anos, aluno da rede municipal de ensino, "não tem que trabalhar, tem que viver a infância". “A gente precisa estudar, brincar, sonhar. A criança não tem que trabalhar, tem que viver a infância”, disse Madson Pinheiro, de 11 anos, aluno da rede municipal de ensino. Madson foi um dos integrantes do grupo de crianças que representaram, de forma lúdica, diferentes formas de trabalho infantil. Seu entusiasmo traduz a esperança de uma geração mais protegida e consciente.
Rede de proteção mobilizada
A caminhada foi promovida pela Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (SEMCAT), com o apoio das instituições que integram a rede de proteção social do município, como CRAS, CREAS e Conselho Tutelar.
Amaury Pereira, assistente social da Proteção Social Básica da SEMCAT, "combater o trabalho infantil é nosso objetivo".“Este não é apenas um ato simbólico, é um grito coletivo por justiça social. O trabalho infantil ainda é uma dura realidade para muitas crianças, e combatê-lo é uma responsabilidade de todos nós”, destacou Amaury Pereira, assistente social da Proteção Social Básica da SEMCAT, que acompanhou a mobilização de ponta a ponta.
Entre os participantes, mães e responsáveis também marcaram presença, com olhares atentos e corações comprometidos com a causa.
Mônica Gomes, ao lado da família, "trabalho de criança é brincar, é estudar".“Eu sei o quanto é difícil criar filhos com dignidade, mas sei também que trabalho de criança é brincar, é estudar. Ver meu filho e minha sobrinha aqui, participando dessa caminhada, me dá esperança de um futuro melhor”, afirmou Mônica Gomes, que acompanhou a atividade ao lado da família.
A secretária da SEMCAT, Francy Pereira, participou do ato e reforçou o papel da gestão pública na garantia dos direitos da infância.
Titular da SEMCAT, Francy Pereira, "o trabalho é diário, nos CRAS, CREAS, nas escolas, nos lares".“Combater o trabalho infantil é garantir dignidade, é proteger o futuro das nossas crianças. A Prefeitura de Ananindeua, liderada pelo Dr. Daniel, tem atuado com políticas públicas firmes de proteção e acompanhamento das famílias. Essa caminhada é um momento de união e conscientização, mas o trabalho é diário, nos CRAS, CREAS, nas escolas, nos lares. Seguimos caminhando juntos por uma infância livre, segura e com oportunidades.”
A chefe de gabinete da Prefeitura de Ananindeua, Kedna Barbosa, também destacou o engajamento da gestão municipal no enfrentamento ao trabalho infantil.
Chefe de gabinete da Prefeitura de Ananindeua, Kedna Barbosa, "a gente entende que o trabalho está dando frutos".“A proteção da infância é um compromisso que atravessa todas as áreas da gestão. Quando a gente vê crianças e adolescentes nas ruas, mobilizados, conscientes dos seus direitos, a gente entende que o trabalho está dando frutos. O combate ao trabalho infantil não é tarefa de uma secretaria só, é de toda a cidade.”
O “Rolezinho” foi mais do que uma caminhada, foi um movimento de empatia, um convite à reflexão e uma prova de que Ananindeua caminha junta pela infância. Porque lugar de criança é na escola, na família e em espaços de cuidado, jamais no mercado de trabalho.
Denuncie o trabalho infantil:
Disque 100 ou procure o Conselho Tutelar mais próximo.