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Ananindeua inicia plano municipal para mapear e reduzir riscos de alagamentos
Parceria entre Prefeitura de Ananindeua, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Ministério das Cidades visa diagnosticar áreas vulneráveis, propor soluções e captar recursos para infraestrutura e prevenção
Por Denis Baima (PREFEITURA)
Equipes realizando análise do mapeamento. Um trabalho de campo iniciado nesta quinta-feira (04) marcou o primeiro passo de um plano abrangente para diagnosticar e propor soluções para as áreas de risco de alagamentos e enchentes no município de Ananindeua. A UFRA irá coordenar, ao longo de um ano, a elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos, com o apoio da Secretaria Municipal Extraordinária de Enfrentamento às Mudanças Climáticas (SEMC+) e da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil (SEPDEC).
A iniciativa busca unir a atuação emergencial da Defesa Civil com políticas de prevenção e planejamento urbano.
Secretário da SEMC+, Filippe Bastos (primeiro à esquerda), conversando com o morador da área. De acordo com Filippe Bastos, secretário da SEMC+, o plano surge para resolver problemas complexos e interligados.
"Nós temos um problema porque a obra, em tese, veio para resolver um problema de drenagem que existia. Foi resolvido com a drenagem, mas criou um problema de habitação, porque essas áreas não foram organizadas para ser ocupadas; foi ocupada de qualquer forma", explicou.
Segundo Filippe, é imprescindível abrir um debate com a própria população para regularizar habitações em áreas de risco e oferecer melhores condições de vida, além de resolver os problemas causados pelas fortes chuvas em áreas invadidas.
Essa primeira fase consiste em um levantamento minucioso de cada área de risco para identificar os problemas, entender e apresentar soluções em termos de custos e, em seguida, captar os recursos para resolvê-los.
Cristiane Atayde, coordenadora da SEPDEC (Blusa Laranja).A coordenadora da SEPDEC, Cristiane Atayde, reforçou o caráter detalhado do mapeamento. "Estamos fazendo esse monitoramento das áreas de risco de Ananindeua para realizar um levantamento das áreas que não foram mapeadas no início, e das novas áreas que surgiram agora. É um trabalho árduo que terá, futuramente, um retorno muito bom para o município", disse Cristiane.
Milene Andrade, coordenadora da UFRA (roupa branca).Milena Andrade, professora da UFRA e coordenadora técnica do plano, explicou a metodologia que será aplicada. "Hoje estamos aqui realizando uma atividade de campo que chamamos de exploratória, que é um momento preliminar. O plano será composto por quatro produtos principais: um plano de trabalho, um mapeamento técnico das áreas de risco, a proposição de infraestrutura para mitigar os riscos e, por fim, a elaboração de materiais de educação ambiental e para redução de riscos de desastres", falou Milena.
A previsão é que todo o processo de diagnóstico, elaboração de propostas e planejamento para captação de recursos dure entre 12 e 14 meses. O objetivo final é transformar o plano em um documento oficial que oriente investimentos em infraestrutura, regularização fundiária e ações educativas, visando reduzir a vulnerabilidade da população de Ananindeua frente a eventos climáticos extremos.