Ação “Maria da Penha Vai à Escola” incentiva protagonismo infantil na defesa de direitos

Na última sexta-feira, dia 27, a EMEF Amélia Reis Freitas, no Centro de Ananindeua, o aprendizado foi além da sala de aula. A ação “Maria da Penha Vai à Escola” transformou a rotina de professores, alunos e pais com uma proposta necessária: falar sobre direitos, igualdade de gênero e prevenção à violência de forma acessível, afetiva e educativa.

A ação “Maria da Penha Vai à Escola” transformou a rotina de professores, alunos e pais.Com o lema “Proteger as crianças e empoderar as mulheres é um dever de todos”, o projeto envolveu crianças, adolescentes, educadores e famílias em uma jornada de conhecimento e conscientização. A programação incluiu rodas de conversa que abordaram, com leveza e profundidade, temas muitas vezes silenciados.

Para a palestrante Carmelita Abreu, assistente social da Secretaria Municipal da Mulher (SEMMU), a proposta tem um efeito multiplicador.

"O objetivo do projeto é justamente fortalecer meninas e meninos para romper esse vínculo de violência doméstica dentro do seu lar. A informação é o primeiro passo para quebrar o ciclo da violência”, explica.

A diretora da escola, Joatele Viteli Valente, destacou o papel transformador da ação.

"A palestra foi muito informativa. Deu para explorar bem o tema. Apesar de ser delicado, é necessário para todos dentro do ambiente escolar. Houve orientações para pais, responsáveis e para as crianças, porque elas também precisam saber que têm direitos e devem ser protegidas", detalhou.

Emocionada, uma das mães presentes acompanhava atentamente cada fala. Para Angélica Monteiro Barros, a experiência foi um verdadeiro despertar.

Esse momento abriu os olhos não apenas dos pais, que agora sabem como orientar suas crianças, sejam meninas ou meninos, mas também nos fortaleceu como mulheres. Hoje aprendi bastante", contou.

Incentivo ao protagonismo infantil na defesa de direitos.A ação integra uma série de atividades promovidas pela Prefeitura de Ananindeua, com o objetivo de fortalecer a rede de proteção às mulheres e fomentar uma cultura de paz, diálogo e respeito desde a infância.

Mais do que uma palestra, o dia foi marcado por olhares atentos, mãos erguidas com dúvidas sinceras e abraços apertados. Foi sobre formar cidadãos conscientes – e fazer da escola um lugar onde o respeito nasce e floresce.