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“Mulheres Amazônidas” emociona Ananindeua com arte, ancestralidade e força feminina no palco do Teatro Municipal
Sétima edição do show idealizado por Ana Mel une música, poesia e compromisso social em uma noite de resistência cultural amazônica
Por Matheus Maciel (ASCOM)
Realizado no sábado, 03 de maio, o show “Mulheres Amazônidas” transformou o palco do Teatro Municipal de Ananindeua em um verdadeiro templo de arte, ancestralidade e resistência. Comandado pela cantora paraense Ana Mel, o evento reuniu público de todas as idades e destacou o protagonismo feminino amazônico em sua sétima edição, a primeira realizada fora da capital paraense.
O show contou com apresentações musicais, poesia e homenagens a mulheres em situação de vulnerabilidade social e vítimas de violência, como o feminicídio. No repertório, nomes como Rita Lee, Marisa Monte, Tim Maia, Chico Buarque e Tonny Brasil conduziram a trilha da noite, interpretados por Ana Mel e pelas convidadas Thays Theodora, Anne Cavalcante e Neia Silva. A banda teve direção musical de Davi Amorim, além da direção executiva do percussionista Roberto Magalhães.
Cantora paraense Ana Mel, "valorizando a força do cantar, da arte, das mulheres".Para a idealizadora do projeto, a proposta do “Mulheres Amazônidas” vai além do espetáculo. “O ‘Mulheres Amazônidas’ veio para fortalecer a força da diversidade cultural da mulher aqui na nossa Amazônia. Entrelaça artistas já renomados com jovens talentos, deixando esse legado para esses artistas de uma diversidade vasta aqui na nossa Amazônia, continuar valorizando e potencializando essa força do cantar, da arte, das mulheres talentosas da nossa região", destacou Ana Mel.
Ela ainda enfatizou o papel social da arte nos dias atuais. “É muito importante hoje o artista utilizar seu dom da arte para poder contribuir com a questão da responsabilidade social. Hoje, o mundo tem esse apelo. Não é só a arte: ela tem que estar aliada à questão ambiental, à questão climática, à responsabilidade social. O projeto ‘Mulheres Amazônidas’ veio justamente para entrelaçar isso, fazer essa aliança entre cultura, sustentabilidade e transformação social”, comenta a artista.
Durante o evento, foram arrecadados alimentos não perecíveis destinados à Comunidade Rainha da Paz, no bairro do Coqueiro. A ação reafirma o compromisso do projeto com as causas sociais e a valorização da periferia.
O espetáculo levou alegria para Vanuza Lima, "noite de muita arte, força e ancestralidade".Entre os que prestigiaram a apresentação, estava a consultora empresarial Vanuza Lima, que visitava o Parque Cultural Vila Maguary quando decidiu assistir ao show. “Foi uma noite de muita arte, força e ancestralidade. Sabemos que nós, mulheres, temos uma luta constante, desde muito tempo, buscando nosso lugar, para que possamos ter os nossos direitos mais que definidos. Nós podemos estar em qualquer lugar onde quisermos. O melhor lugar é aquele no qual você se sente bem e pelo qual você luta para conquistar todos os seus objetivos. E, de verdade, nada é impossível”, comentou.
João Maia e família, "precisamos dessas pessoas que valorizam as mulheres".Para o aposentado João Maia, de 67 anos, destacou a importância da valorização das mulheres por meio da arte. “Ana Mel, como sempre, é uma pessoa maravilhosa, canta muito bem. E assistir ao show das ‘Mulheres Amazônidas’ sempre é um prazer. Nós precisamos dessas pessoas que valorizam as mulheres, que valorizam seu espaço. É isso que a mulher precisa: de apoio, amor, carinho e de ser homenageada o tempo todo”, disse.
Cantor paraense, Mahrco Monteiro, prestigiando o evento, "show maravilhoso da Ana Mel, é toda uma produção".O cantor paraense Mahrco Monteiro também prestigiou o espetáculo e reforçou o simbolismo da noite. “São nossas raízes, a nossa cultura. É a nossa mulher amazônica mostrando que ela é integrante, que ela tem a política dela, que ela tem o valor dela, que ela tem os direitos dela. Estão sempre ativas. E com um show maravilhoso da Ana Mel, é toda uma produção revelando e demonstrando a força das Mulheres Amazônicas, sempre”, ressaltou.
Mais do que um espetáculo, a sétima edição do “Mulheres Amazônidas” foi um manifesto vivo que uniu tradição, arte e ação social. Ao ocupar o palco do Teatro Municipal de Ananindeua, Ana Mel não apenas descentralizou a cultura, mas reafirmou o poder da mulher amazônida e a importância de se construir, com arte e afeto, novos espaços de visibilidade e pertencimento.