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Defesa Civil Municipal e Sesan fazem vistoria técnica em casa atingida por erosão de canal

02/04/2024 16h59
Por Jackie Carrera (PREFEITURA)

Nesta terça feira, 02, equipes da Defesa Civil Municipal percorreram algumas áreas de Ananindeua para dar continuidade aos trabalhos de mitigação de danos a imóveis atingidos pela forte chuva combinada com maré alta desta última segunda feira.

“A gente observa que a água escoou rapidamente após a chuva cessar, ajudando o nosso trabalho de rescaldo. Nesta manhã, nenhuma rua está mais alagada, e os canais também não estão mais cheios”, disse a Coordenadora da Defesa Civil Municipal, Cristiane. 

Contudo, após a ação emergencial, a atuação dos órgãos precisa ser contínua, sobretudo, em casos específicos onde os danos foram maiores. Como por exemplo, na quadra C, no conjunto Pindorama, bairro do Coqueiro, um imóvel foi interditado pelo Corpo de Bombeiros após avaliação da Defesa Civil.

“Quando chegamos no local, fizemos uma avaliação e entramos com uma ação imediata de mitigação que é pra resguardar a integridade física dos moradores. Como podemos ver, houve uma erosão no canal e nessa área várias casas foram construídas no leito do rio”, explicou o técnico em defesa civil, Denes Mercury.

O susto foi grande pra família do seu Carlos Cavalcante, morador há 9 anos no local. “Na hora da chuva, eu vi os cachorros latindo e fui ver o que era, foi quando vi o buraco ali no primeiro pilar de madeira, a água tava levando o restante da calçada. Quando tirou a barreira de contenção, a água entrou de uma vez e a casa começou a ceder”, contou seu Carlos.

Para a técnica Muriel Lobato, do Departamento de Posturas e Licenciamento de Obras da Sesan, o imóvel foi construído de forma irregular e a tendência é que ele desabe com o tempo.

"Então, com as chuvas, o canal vai deteriorando pelos lados e abrangendo os imóveis ao redor, pois o terreno é fofo, não suporta a estrutura da casa.A casa está construída em cima do córrego, ela deveria ter um afastamento mínimo de 15 metros da margem conforme lei do Conama, o que não aconteceu", disse a arquiteta.

O canal também passará por limpeza e roçagem por parte da Secretaria de Serviços Urbanos (Seurb) e, após relatório técnico, novas providências devem ser tomadas por parte da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), sobretudo em relação ao sistema de vazão do canal.

Em 9 anos morando ali, seu Carlos notou que o canal tem estreitado cada vez mais devido as construções residenciais e comerciais ao redor, sem contar o despejo irregular de lixo. “Bem aqui próximo tem uma sucata que despeja lixo constante no canal. Ano passado, a prefeitura veio e limpou o canal todinho, mas os tubos estão entupidos.Outras vezes encheu, mas ontem que foi o pior dia de todos os dias".

"Aparentemente as tubulações estão entupidas, com a grande vazão de chuva, tem a cheia. Por isso a lei permite que construa casas com esse mínimo de distancia de 15 metros, prevendo esse maior volume em período chuvoso", explicou Muriel.

De acordo com a Defesa Civil, a família não tem condições de voltar a morar no imóvel. Por enquanto, os moradores estão em casas de parentes até que sejam beneficiados pelo Aluguel Social, numa atuação conjunta entre Secretaria Municipal de Assistência Social (Semcat) e Secretaria Municipal de Habitação (Sehab).