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Seminário de educação para as relações étnico-raciais acontece na SEMED
Por Jordan Navegantes (SESAU)
IV Circuito Afro Cultural Ananin Seminário de Educação para as Relações Étnico-Raciais.Em alusão ao Dia da Consciência Negra (20 de Novembro), a Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), recebeu lideranças do movimento negro, de religiões de matrizes africanas, além de professores, coordenadores, gestores e alunos de escolas que compõem a Rede Municipal de Ensino (RME) de Ananindeua no IV Circuito Afro Cultural Ananin Seminário de Educação para as Relações Étnico-Raciais - realizado pelo Mocambo Ananindeua e Instituto Afro Cultural Amazônia em parceria com o Movimento Educa Ananindeua.
O evento aconteceu nesta terça-feira (28), de 8h às 12h, no auditório Altimá Alves da Silva, no prédio sede da SEMED, e contou com uma roda de conversa, uma palestra magna, apresentação musical e venda de artesanatos.
Educadora, Edenilza Borges.“O seminário de educação para as relações étnico-raciais surgiu em 2020 com o I Circuito Afro Cultural Ananin, e nós acreditamos que estas são temáticas de grande importância que precisam ser abordadas e discutidas, principalmente, no âmbito da Educação, porque ela é o princípio de tudo”, conta a educadora Edenilza Borges, da Coordedora de Educação para as Relações Étnico-Raciais da SEMED-Ananindeua.
Mesa da roda de conversa.Compuseram a mesa da roda de conversa a professora Dr.ª Marilu Campelo, a professora Dr.ª Emina Santos e o mestrando Denilson Batista.
Professora, Dr.ª Ana Rita Santiago.A palestra magna foi ministrada pela professora Dr.ª Ana Rita Santiago, coordenadora geral de promoção da Secretaria de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SENAPIR), o qual faz parte do Ministério da Igualdade Racial (MIR).
“Uma coisa é falar para um público que já está formado, seus vícios e suas desesperanças. Outra coisa é você falar para um público em que há jovens, numa época da humanidade em que muitos jovens não se sentem tão animados para lutas coletivas, de uma maneira geral. Mas sempre há núcleos jovens resistentes, querendo mais, dizendo para a sociedade que estão inconformados. Então, uma das boas surpresas que tive aqui, hoje, foi ter estudantes participando do evento. Foi fantástico”, disse a palestrante, sobre apresentar para alunos da Rede Municipal de Ensino de Ananindeua.
Carmen Maranhão e a professora Dr.ª Ana Santiago.Os alunos-escritores da EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Senador Álvaro Adolfo, autores do livro IV SAAPECA, de lendas e contos populares da Amazônia, presentearam, junto à gestora Carmen Maranhão, a professora Dr.ª Ana Santiago com um exemplar da obra. “Meu conto foi sobre os protetores da floresta, que fala sobre o Curupira e a Boitatá, onde, na estória, eles fazem uma relação de amizade e protegem a floresta juntos”, explicou o jovem escritor Carlos Daniel Chaves, de 15 anos e estudante da turma do 9.º Ano A na escola Álvaro Adolfo.
Escritor, Carlos Daniel Chaves.“Eu me defino como uma pessoa branca. Então, para mim, estar aqui neste evento foi muito interessante para aprender muitas coisas e refletir sobre pontos que eu ainda não conhecia. O meu maior aprendizado foi sobre como é possível aprender sobre as questões étnico-raciais na sala de aula”, refletiu o aluno Carlos.
Banda Toró Açú.Já apresentação artística-cultural ficou na responsabilidade da talentosa Banda Toró Açú, do Quilombo do Abacatal, em Ananindeua – os quais trouxeram letras e sons do tambor e do carimbó para o evento.
Patrícia Nunes, da Tiaras D´Patys.
Stella Cunha, da Use Nega Rosa.E quem quisesse ainda podia comprar produtos de microempreendedoras do setor de artesanato. Patrícia Nunes, da Tiaras D´Patys e Stella Cunha, da Use Nega Rosa, expuseram e venderam seus empreendimentos ao público presente.
Professora, Teodora Cristina Silva.A professora Teodora Cristina Silva, professora regente da turma do 4.º Ano da EMEIF (Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental João Nunes de Souza), participou do seminário de educação para as relações étnico-raciais e considera este evento, de extrema importância para a SEMED. "Para nós professores e para os alunos da Rede Municipal de Ensino de Ananindeua, é muito importante um evento pontual como o de hoje, mas que penso que tem potencial de se expandir para as escolas. Uma discussão fundamental, em que pensamos sobre a Consciência Negra ao decorrer do ano todo”.