Agosto Lilás: nem toda violência é física

“Agosto Lilás", mês dedicado à conscientização e prevenção à violência contra a mulher. Foi criado para dar alusão e divulgação da Lei Maria da Penha  - a Lei 11.340, que foi sancionada no dia 7 de agosto de 2006. O mês alusivo tem a finalidade de promover ações para combater a violência contra a mulher. O Lilás vem para representar a igualdade entre os gêneros. 

A Lei cria procedimentos para proibir que mulheres sofram violência doméstica de familiar, além de enumerar as principais violências, entre outras, a serem combatidas: moral, sexual, psicológica, física e patrimonial. Os crimes são cometidos quando o violentador é da família, ou da unidade doméstica, ou tem uma relação de afeto com a vítima - podendo ser do trabalho e amigos. 

A psicóloga Mahena Scarlate destaca alguns motivos que impedem as mulheres de saírem de relações de abuso. “Há diversos fatores que precisam ser investigados para justificar a permanência da mulher numa relação de abuso. Por exemplo, a dependência emocional, a dependência econômica, a valorização da família, a preocupação com os filhos, a indenização do amor e do casamento, a ausência de apoio social. A preocupação com o abusador, que normalmente é o seu companheiro”. 

Mahena ressalta ainda a importância da rede de apoio. “Expor a violência não é algo fácil de se fazer. A mulher lida com essas angústias, com o julgamento, com o medo de não saber como será a sua vida após a violência. É importante que exista uma rede de apoio efetiva no enfrentamento e no fortalecimento dessa mulher, não somente fisicamente, mas psicologicamente e financeiramente de forma muito bem articulada e assistida pelos órgãos competentes”, finalizou a psicóloga Mahena Scarlate. 

Violência - A quarta edição do “Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com dados de 2022, mostrou que nos últimos 12 meses a agressão contra mulheres de 16 anos ou mais aumentou. O relatório mostrou que mais de 18 milhões sofreram violência no Brasil - 28,9% relataram que já sofreram algum tipo de violência de seus companheiros. 

Segundo o levantamento, ofensas verbais, com 23,1% de prevalência, está como a forma de violência mais citada. Na sequência temos perseguição, com 13,5%; ameaças, com 12,4%. 

Já as  agressões físicas como chutes, socos e empurrões, com 11,6%, ofensas sexuais, com 9%; espancamento ou tentativa de estrangulamento, com 5,4%; ameaça com faca ou arma de fogo, com 5,1%; lesão provocada por algum objeto que lhe foi atirado, com 4,2%; e esfaqueamento ou tiro, com prevalência de 1,6%.

Programação - Em alusão ao mês do Agosto Lilás, a Secretaria Municipal da Mulher de Ananindeua (SEMMU) está preparando ações educativas e de conscientização durante o mês.

No dia 5 de agosto, sábado, será a abertura da IV Ação Mulher, na praça da Bíblia, que encerra no dia 26 de agosto, na praça das Águas.  

Dia 18 de agosto - blitz em ônibus e bares 

Dia 22 de agosto - reunião de Avaliação com Assistidas 

Dia 29 de agosto - Formação de Agente Comunitário de Saúde (ACS).

Dia 31 de agosto - I Seminário: 1 ano da patrulha Maria da Penha de Ananindeua. 

Serviço: REDE DE APOIO MUNICIPAL DISPONÍVEIS PARA MULHER

Secretaria Municipal da Mulher de Ananindeua (SEMMU) fica na BR 316 KM 08, Centro. Contatos: [email protected]

Casas da mulher Brasileira de Ananindeua - Tv. Quinta Carmitas, 1172 - Maguari.

PARAPAZ - travessa WE 31, 1112 - Cidade Nova. Contato: (91) 84352596.

Delegacia da Mulher (DEAM) - travessa WE 31, 1112, Cidade Nova 5. Contato: (91) 98435-2596.

Fórum de Ananindeua - 4ª Vara Criminal, AV. Cláudio Sanders, Centro. Contato: (91) 32014949.

Ministério Público do Pará (MPPA) rodovia BR 316, KM 8, S/Nº, Levilândia. Contatos: (91) 3239-4800 / 3239-4841/ 3239-4842.

Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) – Núcleo de Prevenção e Enfrentamento à Violência de Gênero (NUGEM), BR 316 KM 08. Contato: (91) 98156-2462.

Procuradoria da Mulher da Câmara (PEM), rua Zacarias de Assunção, 134. Contatos: (91) 32551854.

Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) - de acordo com os bairros.

Fórum de Enfrentamento à Violência as Mulheres de Ananindeua (FEV) - contato: (91) 981243612.

Programa Pró-mulher da Guarda Municipal de Ananindeua, Av. Cláudio Sanders, esquina com a rua Bom Sossego.

Programa Patrulha Maria da Penha (rondas de viatura rosa). Contatos: (91) 98409 6289 / 98446 6366 / (inspetora regional 24h - 99337 9658).

Conselho Municipal de Mulheres de Ananindeua (CMDM), TRAV. WE 21, 231 – Cidade Nova 2.

Casa do trabalhador de Ananindeua (SINE), BR 316 Km 08.