Fluxo com Respeito: Prefeitura garante dignidade menstrual para adolescentes de Ananindeua

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), uma a cada quatro meninas brasileiras em idade escolar não tem acesso a absorventes íntimos, o que pode levar a problemas de saúde e ao abandono escolar. A falta desse acesso a absorventes apropriados leva à utilização de substitutos como tecidos, papel e até miolo de pão pode causar infecções no trato urinário, nos rins e até lesões nos órgãos reprodutores femininos.

Para combater esse dado, a Prefeitura de Ananindeua criou a Lei Municipal nº 3.201, de 13 de dezembro de 2021, que estabelece diretriz para as ações de promoção da dignidade menstrual na cidade, por meio do Projeto Fluxo com Respeito, o qual é desenvolvido pelas secretarias de Educação e de Cidadania, Assistência Social e Trabalho.

“Criamos um projeto intersetorial pautado nas questões relacionadas com a vulnerabilidade menstrual, garantindo às pessoas que menstruam, matriculadas nas escolas municipais e acompanhadas por nossa equipe dos CRAS, o acesso a itens básicos de higiene, o absorvente, além de combater estigmas, quebrar tabus e assegurar informações importantes para esse público”, declarou o prefeito doutor Daniel Santos.

Segundo a secretária da Semcat, Marisa Lima, o projeto já atingiu mais de 10 mil adolescentes. “Temos muito orgulho de dizer que nesse Dia da Dignidade Menstrual, 28 de maio, várias adolescentes de Ananindeua estão sendo amparadas e acompanhadas por nossas equipes da Semcat e Semed, assim tendo seus direitos assegurados. O projeto, não combate apenas a vulnerabilidade social e a falta de condição financeira para adquirir o item de higiene básica, mas também a desinformação. Dignidade é o que buscamos”, reforçou.

Suane Seabra, de 14 anos, comentou como é bom ter a oportunidade de esclarecer algumas dúvidas e entender o processo da menstruação: “tá sendo ótimo ter esse acompanhamento e receber os absorventes, agora fico mais tranquila sobre determinados assuntos, o processo que o nosso corpo passa, saber que a menstruação não é um bicho de 7 cabeças, além dos absorvente tá ajudando muito nas finanças de casa”.

Marcela Barbosa, de 17 anos, também é uma das participantes do projeto. “Sei que tem muitas meninas que os pais não têm condições de comprar absorventes, então esse projeto é de grande ajuda para todas nós. E também saber que tem um lugar onde eu posso tirar dúvidas é muito bom. Muito obrigada”, refletiu a jovem.

Previous Next