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Prefeitura incentiva ações para o cuidado com a saúde mental
Por Rosane Linhares (PREFEITURA)
Em um ano marcado pela continuidade da pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (Semcat), promoveu uma série de ações para marcar a campanha “Janeiro Branco”, que tem como objetivo colocar os temas da Saúde Mental em máxima evidência em nome da prevenção ao adoecimento emocional das pessoas.
“Muitas vezes cuidamos do corpo físico e esquecemos da importância de tratar das questões subjetivas que podem causar tanto sofrimento, a ponto de trazer consequências danosas ao nosso dia a dia e na relação com as outras pessoas. O janeiro branco é uma campanha que surge para trazer o alerta a todos sobre a importância de falarmos sobre a saúde mental e emocional, principalmente nesse período de pandemia”, ressaltou a secretária da Semcat, Marisa Lima.
Neste sentido, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Uirapuru realizou nesta quarta-feira (26), uma roda de conversa com as famílias atendidas pela unidade para chamar atenção para os cuidados da saúde mental. A ação foi ministrada pela equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) Uirapuru e pelos residentes de Saúde Mental do Hospital das Clínicas Gaspar Viana, onde abordaram diversos assuntos entorno do tema da campanha: “Quem cuida da mente, Cuida da vida”.
“Falar sobre saúde mental é de extrema importância, principalmente para que as pessoas possam entender que a depressão é sim uma doença e não uma frescura ou um meio de chamar atenção. A partir do momento que é compreendido como doença, a pessoa que está passando pelo problema e os seus familiares podem buscar a ajuda profissional adequada, qualquer ser humano pode passar por situações de estafa, estresse, depressão, dentre outras dificuldades”, informou o psicólogo Maycon Correia Pinto.
O psicólogo continuou. “É necessário a família e amigos estarem atentos, se importarem um com os outros, assim é possível notar se a pessoa está desencadeando um quadro depressivo, se ela prefere se isolar e não sair de casa, não sente ânimo em fazer as coisas comuns do dia-a-dia ou para conversar, se não ver sentido na sua vida, essas são apenas algumas considerações, mas existe várias outras. O importante é ter empatia com o próximo e buscar ajuda profissional”, pontuou Maycon.
Uma das participantes da ação foi a dona Regina Costa, que há quatro anos é acompanhada pela equipe do CRAS, ela já passou por depressão e hoje busca meios de se fortalecer. “É muito bom poder participar de rodas de conversas como esta, aqui desabafamos e aprendemos como podemos superar a depressão. Há quatro anos estava com depressão, mas a minha família não aceitava e aqui encontrei ajuda que precisava, por meios das conversas, do carinho e da música consegui enfrentar a depressão”, disse Regina.
Já o Denis Santos, de 17 anos, que também é atendido pelo CRAS, aprendeu um pouco mais sobre o assunto. “Gostei muito da iniciativa, agora me atentei muito mais sobre a saúde mental e como ela pode interferir em todos os aspectos da nossa vida”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo (9,3%) e o segundo maior das Américas em depressão (5,8%). A saúde mental representa mais de um terço da incapacidade total no mundo, com transtornos depressivos e ansiosos como maiores causas.
Cuidados e recomendações para saúde mental:
- Reconheça e acolha seus receios e medos, procurando pessoas de confiança para conversar;
- Invista em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse, como meditação, leitura e exercícios de respiração;
- Invista e estimule ações compartilhadas de cuidado, evocando a sensação de pertencimento social, como as ações solidárias e de cuidado familiar e comunitário;
- Mantenha ativa a rede socioafetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas;
- Evite o uso do cigarro, álcool ou outras drogas para lidar com as emoções;
- Busque um profissional de saúde quando as estratégias utilizadas não estiverem sendo suficientes para sua estabilização emocional.