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80 anos: Conheça a História de Ananindeua desde sua origem

Texto produzido com colaboração e pesquisa do Historiador Adrielson Furtado

02/01/2023 18h42
Por Jackie Carrera (PREFEITURA)

Ananindeua tem nome inspirado numa árvore de Anani (Symphonia globulifera), de origem tupi. Há muitos anos atrás esta árvore, que produz a resina de cerol utilizada para lacrar as fendas das embarcações, existia em abundância, sobretudo na região das ilhas.

E foi na região insular, onde moram as comunidades ribeirinhas até hoje, que originou-se a cidade. Mas por ter seu crescimento populacional provocado pela influência da Estrada de Ferro Belém-Bragança, a cidade passou por um grande processo de urbanização ao longo da rodovia. Atualmente, ela é dividida pela Rodovia BR 316, principal acesso terrestre à capital paraense ( ou seja, para entrar e sair de carro de Belém, é necessário passar por Ananindeua).

A cidade fica localizada na Região Metropolitana de Belém (RMB), sendo a segunda cidade mais populosa do Estado do Pará, na região norte do Brasil. Sua população é estimada em 535.566 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020.

Na década de 80, indústrias e conjuntos habitacionais foram ocupando, cada vez mais, o seu território (por ser o mais próximo da capital paraense). Nos últimos anos, Ananindeua tem perdido o rótulo de “cidade dormitório” e despontado no cenário metropolitano com forte potencial socioeconômico. 

Conheça a história...

O primeiro registro de ocupação de Ananindeua data de 1790, através de um engenho de cana de açúcar de propriedade do Conde Antônio Koma de Melo, às margens do rio Guamá (atual Colônia Agrícola do Abacatal).

Na década de 1850, ribeirinhos estabeleceram-se nas margens do rio Maguari-Açu, fugindo do confronto da Cabanagem (próximo ao Distrito Industrial de Ananindeua).

Na mesma década chegam os primeiros proprietários de terra, que começaram a se estabelecer em diversos pontos do município, tais como: Maguary, área do Distrito Industrial, Mocajutuba, Tropiqueira, São Sebastião (Quinta da Carmita).

A partir de 1890, tem-se o povoamento das ilhas de Sassunema (1894), Ilha do Roldão (atual ilha de Santa Rosa) (1895), Ilha do Mutum (1896).

Em 1883, antes da inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro de Bragança (EFB), iniciou-se a instalação de uma espécie de oficina do trens, que depois houve a necessidade de se construir uma vila de casas para os operários da manutenção (localizada na área próxima  a sede da Prefeitura). a Vila operária deu origem ao povoado de Ananindeua.

No mesmo ano, Coutinho de N. L. registra as terras do Curuçambá.

Na manhã de domingo de 1884, foi aberto ao trânsito público o primeiro trecho de 29 km da EFB (Belém - Colônia de Benevides). A partir da inauguração foi construído uma parada no km 14 (em frente a atual Prefeitura), sua função era fornecer lenha para as locomotivas e para as outras estações que foram inauguradas ao longo da EFB. A facilidade de acesso proporcionou ao longo dos anos a ampliação do Povoado.

Por volta de 1895, chega no Maguari o Sr. José Marcelino de Oliveira, vindo do município do Acará.

Em 1900, José Marcelino funda a primeira escola do município: Quinta Carmita.

Em 1916, os sócios Saunders e Davids adquirem as propriedade do curtume Maguary. Dando origem ao primeiro núcleo urbano organizado de Ananindeua conhecida originalmente de Vila Operária e depois como Vila Padrão e mais tarde como Vila Maguary.

Em 1920, é construído o primeiro núcleo religioso urbano do município - Capela de N. Sra. das Graças.

Em 1921, a escola Maguary fecha e do lugar a uma granja de mesmo nome, que na espoca recebeu o titulo de 100% pura por um químico francês.

Em 1934, Saunders e Davids dissolveram a sociedade.

Em 1935, inicia a construção da atual igreja Matriz N. Sra. das Graças.

Em 1938, Ananindeua deixa de ser freguesia e passa a ser distrito do município de Santa Izabel, ano mais tarde passa a ser Distrito de Belém.

Em 1943, Ananindeua torna-se Município através do Decreto-Lei nº 4.505, cuja a instalação ocorreu em 3 de janeiro de 1944.

No período de 1947 a 1956, o município contava com os seguintes distritos: Ananindeua, Benevides, Benfica e Engenho do Araci (pertencente ao atual município de Santa Bárbara).

Em 1960, é inaugurada a BR-010 (Belém-Brasília), iniciando o período dos fluxos migratórios oriundos de diversas regiões do Estado e do País.

Em 1961, Ananindeua passa a possuir somente o Distrito Sede, os demais passam a constituir municípios pelo Lei nº2.460 de 24 de dezembro.

Em 1968, com a inauguração do conjunto habitacional Nova Marambaia I com 834 unidades pela Companhia de Habitação do Pará (COHAB/PA), estimulou a ocupação de áreas além do limites da capital, começando a adentrar o município de Ananindeua.

Com a expansão da malha urbana no decorrer da década de 1970, tem-se o aparecimento de novas áreas que hoje são conhecidas como Una, Jaderlândia e Guanabara.

Em 1970, inicia-se a instalação do Parque Industrial de Ananindeua.

Em 1974, a Bandeira e o Brasão foram criados e aprovados pela Câmara Municipal.

No período de 1976-1986, iniciam a instalação do conjunto habitacional Cidade Nova I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX pela COHAB/PA. O primeiro foi inaugurado em Dezembro de 1977 com 600 casas, o último foi inaugurado em julho de 1986 com 120 unidades habitacionais. A COHAB-PA fecha o ciclo de maior produtividade da sua história.

Em 1990, seguindo o mesmo padrão modernizador dos conjuntos habitacionais, o conjunto denominado Pará, Amapá, Amazonas e Roraima (PAAR), foi ocupado por cerca de 6 mil famílias, antes de sua conclusão e inauguração.

Em 1994, criação do Hino oficial do município, com letra de Cleucydia Lima Costa.

Em 1994, Ananindeua perde o território de Marituba, que passa a constituir município através da Lei Estadual nº 5.897.

Em 1997, através de levantamento aerofotogramétrico promovido pela COHAB/PA, Ananindeua apresentou um processo de conurbação da área expandia do espaço originário de Belém com a sede de Ananindeua.

Em 1999, é entregue o titulo de terra, reduzido de 2.100ha para 308ha aos moradores da Colônia Agrícola do Abacatal.