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Prefeitura promove ação alusiva ao Dia da Consciência Negra
Por Rosane Linhares (PREFEITURA)
O mês da Consciência Negra marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e o preconceito em suas mais diversas formas. Para celebrar a data que aconteceu no dia 20 de novembro, a Prefeitura de Ananindeua promoveu, por meio da Secretaria de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (Semcat) e em parceria com a Universidade da Amazônia (Unama), ação na comunidade quilombola para reforçar o compromisso diário no enfrentamento ao racismo, no diálogo com a população e na redução das desigualdades.
“Novembro é um mês muito importante, pois marca a luta dos negros pela garantia de direitos. Estamos trabalhando incansavelmente para reduzirmos as desigualdades raciais contra a população negra de nosso município. Que hoje seja um dia de reflexão, no qual leve as pessoas a ações concretas para extinguir de vez o racismo e nós, enquanto gestão, vamos fazer nossa parte levando políticas públicas eficazes para nossos povos tradicionais”, ressaltou a titular da Semcat, Marisa Lima.
A programação, que ocorreu no dia 26 de novembro, contou com com palestras, oficinas de turbantes, roda de conversa, atividades lúdicas para as crianças e serviços na área da saúde: psicologia, odontologia, enfermagem, nutrição, gastronomia, fisioterapia e orientação aos cuidados da saúde da mulher e do novembro azul para os homens.
Juana Cláudia, de 45 anos, aproveitou a ação para cuidar da saúde. “A comunidade está muito feliz por isso que está acontecendo. Tivemos a oportunidade de nos consultar e até descobri que estou com problema de glicose, graças a Deus que descobri cedo e agora posso me cuidar”, disse.
Para Raiana Barbosa Seabra foi um momento de poder aprender mais sobre sua cultura e proporcionar lazer ao seu filho. “Estamos muitos gratos com essa ação. Também foi um momento para trazer as crianças para brincar e cuidar da saúde delas”.
- Comunidade Quilombola:
O quilombo do Abacatal foi criado em 1710. Inicialmente era uma fazenda de cana-de-açucar e Cacau, onde o dono era o Conde Coma Mello de Portugal que teve um relacionamento com a escrava Olímpia. Eles tiveram 3 filhas chamadas Maria que deram início à comunidade. Hoje, mais de 160 famílias vivem no quilombo e a base de sustento é a agricultura familiar.
O Quilombo do Abatal completou 311 anos e tem um grande valor histórico na construção de Ananindeua. A comunidade conta com um Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) Estrela Ananin que oferece o acolhimento e promove um atendimento diferenciado às famílias da região, fortalecendo os fatores protéticos, os vínculos familiares e comunitários, além de estimular o processo de emancipação e autonomia.
O quilombo também conta com uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que oferece os serviços de atenção primária à saúde das famílias, com consultas médicas, atendimentos de enfermagens e odontológicos, além de vacinação.