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Prefeitura realiza ações no Dia de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Por Rosane Linhares (PREFEITURA)
18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca de 180 mil crianças e adolescentes sofreram violência sexual no Brasil nos últimos anos. Com o intuito de conscientizar sobre a gravidade da violência sexual, a Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (Semcat), preparou uma série de atividades para debater e orientar sobre como esses crimes ocorrem e como devem ser combatidos.
Segundo o psicólogo Luiz Ribeiro, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), a pandemia contribuiu significativamente para o aumento dos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes no município. “Os casos de abuso sexual aumentaram muito, principalmente por conta da pandemia, e os casos de denúncias estão repercutindo agora, após o isolamento social. Hoje, a nossa equipe do CREAS atende em média 2 crianças ou adolescentes vítimas de abusos sexuais por dia, um crescimento de cerca de 5% comparo com o período antes da pandemia. Então a proteção social que a Semcat está realizando nesse momento é crucial na defesa de nossas crianças e adolescentes”, frisou.
Durante todo esse mês de maio a Semcat, através das equipes dos CREAS e dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), tem realizado programações especiais no município, que conta com divulgação da campanha “Faça Bonito” nas escolas municipais e estaduais, nas ruas e unidades da secretaria.
Nesta quarta-feira (18) as equipes dos CRAS Uirapuru, localizado no bairro Icuí, e CRAS Distrito Industrial, no bairro do distrito, caminharam pelas ruas dos bairros e distribuíram folders informativos sobre a importância de todos fazerem a sua parte, e denunciar os casos de abusos e exploração sexual contra as crianças e adolescentes.
No CRAS Santana do Aurá, no bairro Águas Lindas, ocorreu um Teatro de fantoche para os alunos da escola EMEIF Santana do Aurá. Ao fim da apresentação, as crianças foram questionadas sobre como identificar uma tentativa de abuso, sobre quem procurar e o que fazer.
Já os CREAS e os CRAS Complexo da Cidade Nova VI, bairro Coqueiro, e CRAS 40 Horas, no bairro 40 Horas, promoveram palestras com os estudantes das escolas Luiz Nunes Direito e João Carlos Batista, em que escutaram de psicólogos e assistentes sociais sobre os estágios de aliciamento, os casos de exploração sexual, o comportamento de quem é vítima e problemas psicológicos que o abuso sexual pode causar.
Mônica Martins (nome fictício), de 13 anos, do 8° ano da escola estadual João Carlos Batista, lembrou de uma amiga que foi abusada. “Tenho uma amiga que quando tinha dez anos foi violentada pelo avô, então acho interessante essas palestras para sabermos as formas de denunciar”.
João Vitor (nome fictício), de 13 anos, também do 8° ano, contou do caso de uma colega. “Minha colega de 12 anos foi abusada e saber como denunciar e as formas que um adulto pode chegar até nós é importante”.
Para a secretária da Semcat, Marisa Lima, essas ações são de extrema importância para ensinar as crianças e adolescentes a identificar possíveis atos de violência sexual contra elas.
“Criamos um conteúdo cheio de informações necessárias para ensinarmos às nossas crianças e adolescentes como saber se está ou não acontecendo um ato de violência sexual contra elas. Também orientações envolvendo todos os cidadãos sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência sexual praticada contra crianças e adolescentes. Pedimos que a sociedade não tenha medo, denuncie e nos ajude a proteger nossas crianças e adolescentes”, pontuou.