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Gravidez precoce é tema de debate entre adolescentes em Ananindeua
Por Rosane Linhares (PREFEITURA)
Como parte da programação da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho (Semcat), o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Santana do Aurá realizou nesta quarta-feira (16), uma roda de conversa com os jovens e adolescentes atendidos pela unidade, que teve como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência de gravidez na adolescência.
A psicóloga Ana Cristina Brito conduziu a roda de conversa, onde esclareceu dúvidas sobre sexualidade e saúde e debateu a temática a partir dos riscos e desdobramentos de uma gravidez precoce.
“A partir de uma análise realizada por nossa equipe do CRAS Santana do Aurá, constatamos o crescimento no número de meninas entre 12 e 16 anos grávidas durante este período de pandemia , então vimos a necessidade de promover palestras e rodas de conversas para falarmos sobre os assuntos que envolvem a gravidez na adolescência e suas consequências, as quais podem ser pontuadas como evasão escolar, depressão, mudanças no corpo e rotina da futura mamãe, risco de aborto e diminuição da auto estima. A nossa roda de conversa teve como objetivo sensibilizar os adolescentes e jovens sobre as consequências da gravidez precoce, refletir a respeito da erotização presente na letra de algumas músicas, assim como a objetificação do feminino e, orientar para que se possa consequentemente reduzir os índices de gravides na adolescência”.
A psicóloga também reiterou que a conscientização precisa ser de todos. “Com essas conversas, também queremos desconstruir o pensamento de que a responsabilidade é só da menina, o menino também tem sua responsabilidade, por isso que nossas ações são tanto para o público feminino, quanto para o masculino”.
Jean Gonçalves, de 15 anos, entendeu a importância de debater esse assunto. “Foi muito interessante poder participar dessa atividade aqui no CRAS, pois nos ajuda saber como se prevenir e entender nossa responsabilidade no relacionamento com a garota para que não venhamos nos arrepender no futuro”.
Para Jhully Nauane, de 13 anos, a conversa foi esclarecedora, pois o assunto ainda é um tabu na sua casa. “Minha mãe não conversa muito sobre isso comigo, então achei muito interessante poder participar e descobrir métodos de se prevenir e as consequências que uma gravidez precoce pode causas, tenho uma amiga que hoje está grávida de 8 meses”, contou.
Durante todo o ano, a Semcat realiza atividades educativas com adolescentes e jovens do município para tratar de vários assuntos, inclusive para reduzir a incidência de gravidez nessa fase da vida.